História
Sua estreia aconteceu no dia de 1 de setembro de 1969 com a apresentação de Hilton Gomes e Cid Moreira. Durante a década de 1970, por interesse próprio, o telejornal deu ênfase à cobertura internacional e aos esportes.
Na década de 1980 três episódios envolvendo o telejornal criaram polêmica. Em 1982, durante a cobertura das eleições para o governo do estado do Rio de Janeiro, o telejornal foi acusado de participar de uma tentativa de fraude nas eleições. Era a primeira eleição direta para governador após a instauração do regime militar e o pleito envolvia também a escolha de senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores. O TSE decidiu, naquele ano, informatizar pela primeira vez a fase final da apuração, isto é, o somatório dos mapas produzidos manualmente pelas juntas de apuração em cada zona eleitoral. No Rio de Janeiro, a responsável pela apuração foi a Proconsult. A apuração, desde os primeiros dias, seguiu lenta no Rio, enquanto nos outros estados já estava avançada. Além disso, os resultados indicavam um predomínio dos votos do interior, o que dava uma aparente vantagem ao candidato do PDS, Moreira Franco, sobre Leonel Brizola, do PDT, que, segundo o escritor Roméro da Costa Machado,[1] foi um político historicamente perseguido pela emissora de Roberto Marinho. Esses resultados eram semelhantes aos números divulgados pela Rede Globo. Na verdade, a emissora reproduzia, por motivos de economia, os números de O Globo. O jornal vinha divulgando lentamente os dados, pois acompanhava detalhadamente a apuração dos pleitos proporcionais.
Em 1984, o Jornal Nacional foi acusado de omitir informações sobre a campanha das Diretas Já, porque deu a notícia do grande comício na Praça da Sé em São Paulo, no dia 25 de janeiro na mesma matéria em que noticiou as comemorações do aniversário da cidade. Em 1989, a polêmica ficou por conta da edição do debate presidencial apresentado pelo telejornal dias antes das eleições. A emissora foi acusada de ter favorecido o candidato Fernando Collor de Mello que disputava o segundo turno do pleito eleitoral com Luiz Inácio Lula da Silva (mais tarde, em 2004, foi lançado o livro "Jornal Nacional - A Notícia Faz História", que, ao invés de esclarecer as acusações, atribuiu a causa dos eventos a pequenos enganos ou confusões).
Na década de 1990, a qualidade do telejornalismo praticado pela emissora apresentou grande melhora. O Jornal Nacional passou a apresentar grandes furos de reportagem, como a violência policial na Favela Naval em Diadema, a entrevista com Paulo César Farias, no período em que se encontrava foragido, a apuração de casos de fraudes na previdência social com a prisão de Jorgina de Freitas, o escândalo dos precatórios entre outros, consolidando a audiência e a confiança do público do telejornal.
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